Tabela de conteúdo / Informações sobre os vídeos
Tempo:
41 minutos e 35 segundos
Sessões:
Entrevista
Perguntas:
# 01 / Quem é você?
# 02 / O que você faz?
# 03 / O que te motiva a fazer lives?
# 04 / Como é sua rotina?
# 05 / Planejamento / Trabalho fora das lives
# 06 / Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu?
# 07 / Você se considera uma influenciadora?
# 08 / Ser streamer mulher é (mais) difícil?
# 09 / A comunidade Iryiella: um "safe place"
# 10 / Qual é a importância do chat para você?
# 11 / Comunidade TYP ❤️
# 12 / Relação de interdependência
# 13 / Analogia ruim do Luan 🛥️
# 14 / Apoio financeiro dos seguidores 💰💸
# 15 / De onde você é? De onde é esse sotaque?
# 16 / Seu sotaque já influenciou na sua carreira online?
# 17 / Preconceito
# 18 / Barreiras
# 19 / Representação e valorização
# 20 / Interação com público internacional
# 21 / Conteúdo autêntico em português
# 22 / Iane ensina palavrões 🤣
# 23 / Comunidades TYP + Iryiella 🫶
# 24 / Aprender um idioma interagindo com nativos
# 25 / Brasileiros também erram xD
# 26 / "Viajar sem sair de casa"
# 27 / Vantagens do conteúdo ao vivo
# 28 / Brasileiros também esquecem palavras 🫠
# 29 / Somos todos estranhos ✌️😎
# 30 / Mensagem para a Iane do futuro
Tempo:
1 hora 42 minutos e 12 segundos
Sessões:
Entrevista
Perfil Gamer
Perguntas Tensas
Desafio de A a Z
Perguntas:
# 01 / Quem é você?
# 02 / O que você faz?
A / Como foi sua infância? Ela influenciou a sua escolha de se tornar streamer?
B / Timidez e criação de conteúdo
C / Gamer que virou streamer ou streamer que virou gamer?
D / O que você não jogaria se não fizesse lives?
E / Você jogaria tanto se não fosse streamer?
F / Jogos durante a pandemia
G / Quais são as suas paixões? Como elas influenciam na maneira como você cria conteúdo?
# 03 / O que te motiva a fazer lives?
H / E qual foi a motivação para fazer arquitetura?
I / Em que momento/por qual motivo você decidiu se tornar streamer?
J / Relação com clientes x Relação com o chat
K / Como foi a transição de arquiteta para streamer
L / O investimento inicial foi de tempo ou em equipamentos?
M / Depois de quanto tempo você achou que "valeu a pena?"
# 04 / Como é sua rotina?
N / O trabalho de uma streamer não é apenas fazer live?
# 05 / Planejamento / Trabalho fora das lives
O / Compartilhe uma história inusitada que aconteceu com você por ser streamer
# 06 / Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu?
# 07 / Você se considera uma influenciadora?
P / Compartilhe uma história inusitada que aconteceu com você por ser streamer
# 08 / Ser streamer mulher é (mais) difícil?
Q / O peso de ser mulher
R / O peso de ser mulher no mundo dos jogos
# 09 / A comunidade Iryiella: um "safe place"
S / O peso de ser mulher no mundo dos jogos
# 10 / Qual é a importância do chat para você?
# 11 / Comunidade TYP ❤️
# 12 / Relação de interdependência
# 13 / Analogia ruim do Luan 🛥️
# 14 / Apoio financeiro dos seguidores 💰💸
# 15 / De onde você é? De onde é esse sotaque?
# 16 / Seu sotaque já influenciou na sua carreira online?
# 17 / Preconceito
# 18 / Barreiras
# 19 / Representação e valorização
# 20 / Interação com público internacional
# 21 / Conteúdo autêntico em português
# 22 / Iane ensina palavrões 🤣
# 23 / Comunidades TYP + Iryiella 🫶
# 24 / Aprender um idioma interagindo com nativos
# 25 / Brasileiros também erram xD
# 26 / "Viajar sem sair de casa"
# 27 / Vantagens do conteúdo ao vivo
# 28 / Brasileiros também esquecem palavras 🫠
# 29 / Somos todos estranhos ✌️😎
T / Qual é sua experiência com outros idiomas?
U / Tem alguma nova tecnologia que chama sua atenção e pode influenciar sua carreira no futuro?
# 30 / Mensagem para a Iane do futuro
Entrevista em português 🇧🇷 // Iane Cruz / Iryiella - EP 01 - VERSÃO CURTA
Essa entrevista foi gravada em março de dois mil e vinte e quatro, e vocês estão prestes a conhecer a incrível Iane Cruz, também conhecida como Iriela, diretamente de Aracaju, Sergipe, no Nordeste do Brasil.
Ela é uma pessoa cativante e inspiradora que, durante a sua carreira ascendente na plataforma Twitch, venceu muitas barreiras pessoais e externas e foi capaz de criar e reunir uma comunidade extremamente positiva através do seu humor "quinta série". Sua produção sintetiza de forma genuína e autêntica elementos de humor, criatividade, comunidade e humildade.
Com vocês, Iriela, ou minha amiga Iane Cruz! Pra assistir a uma versão estendida dessa entrevista, com conteúdo extra, você pode se tornar um membro aqui no canal. Muito obrigado por assistir, muito obrigado por ouvir, muito obrigado por usar Teacher Céu Fortiguez para melhorar o seu português. Bom episódio!
A gente pode começar com uma pergunta muito simples: quem é você? Quem é Iane Cruz? Seja muito bem-vinda!
Obrigada, obrigada! Cara, quem é Iane Cruz? Hum, é uma boa pergunta. Eu imaginei, eu imaginei que seria uma boa primeira pergunta. Mas eu acho que eu não consigo me definir assim muito bem, não. Eu acho que eu vivo mudando também. Não vou dizer que eu mudo minha personalidade cem por cento, mas a gente vai mudando, né, com o tempo.
Só que hoje em dia, eu acho que, se fosse me botar numa caixinha assim, eu falaria que eu sou uma streamer. Eu sou uma pessoa que gosta muito de jogar videogame, uma pessoa que gosta muito de ficar com os amigos, de ter um tempo de qualidade para as pessoas que eu gosto. Isso já conta também com o fato de ser streamer, porque é basicamente isso que eu faço quando faço lives.
Eu acho que eu não consigo me definir assim, tipo: eu sou assim, assim, assim. Eu não paro muito pra me olhar desse jeito. Mas se fosse pra eu me botar numa caixinha, acho que seria isso: uma pessoa que gosta de estar com amigos e pessoas queridas, de fazer live.
Tem pessoas que estão assistindo a esse episódio que não sabem o que é uma streamer e que não sabem o que é live. Como tu explicaria o que tu faz pra essa pessoa?
Isso é curioso porque, geralmente, por exemplo, eu fui no médico hoje e ele perguntou qual era minha profissão, né, pra anotar lá na fichinha e tal. E eu falei que era arquiteta, que é minha profissão passada. Porque, geralmente, eu sofro pra conseguir explicar pra pessoas que não entendem, né. Mas eu acho que o jeito mais fácil, hoje em dia, seria explicar talvez comparando um pouco com o YouTube, porque muita gente consome YouTube. Então, pra mim, seria tipo um vídeo de YouTube, só que ao vivo. É assim que eu tento explicar pras pessoas: em vez de ser algo gravado, é algo que cê faz ao vivo e que o seu público está lá naquele momento, naquele momento que você está aparecendo interagindo com você. É basicamente isso.
É assim que eu tento explicar pra pessoas que não consomem. Não sei se é a melhor explicação, não sei se as pessoas continuam confusas, mas eu acho que, hoje em dia, um bom jeito de explicar também é trabalhar com internet de alguma forma, né. Existem pessoas que trabalham com Instagram, existem pessoas que trabalham com YouTube. Eu trabalho fazendo lives na Twitch, que é uma plataforma de streaming onde pessoas fazem lives, fazem streams de jogos, fazem streams de arte, tudo acontecendo ao vivo e com o público lá assistindo, interagindo, independente de se a pessoa tá jogando ou não, se a pessoa tá desenhando, se a pessoa tá tocando, fazendo live de música. No meu caso, de jogos.
Jogadora profissional de jogos?
Má jogadora profissional! Eu jogo tudo mal, mas profissionalmente, exato.
Eu vou fingir que eu acredito. Mas o que que te motiva a fazer as lives? Comunidade? A interação? Os jogos em si?
Eu acho que muito mais a interação. Os jogos, eu gosto, né? Eu acho que eu não conseguiria fazer live sem jogar. Mas eu acho que o principal pra mim, que é uma coisa que eu não quero perder de jeito nenhum, é essa interação.
Tanto é que às vezes eu pauso jogos até mais do que eu deveria. A moto, tá ouvindo a moto, né? Eu acho que eu... talvez algumas pessoas até se irritem com isso, mas eu pauso o jogo mais do que eu deveria porque, assim, eu vejo o chat movimentado, conversando entre si, e eu quero conversar também. A gente conversa muito sobre tudo.
Então, pra mim, a beleza da coisa, a beleza da minha profissão, é essa parte de conhecer pessoas novas do mundo todo. Algumas talvez não do mundo todo, porque algumas talvez não me entenderiam, nem eu entenderia elas, mas tem essa possibilidade. Tanto é que temos a Cova aí, que mora lá nos Estados Unidos e tá ali com a gente. Conhecemos pessoas de vários lugares, e essa interação pra mim é muito importante. Eu criei muitas amizades, conheci muitas pessoas incríveis.
É o que me motiva, assim, eu diria que oitenta, noventa por cento seria isso. E o resto, acho que desejos profissionais. É muito da interação e da realização profissional, mas muito mais interação. Assim, eu tô aqui, e acho que se eu ficasse muito, muito rica e não precisasse mais trabalhar, eu continuaria fazendo live. Porque ainda é uma coisa que eu... que, assim, independente de profissão, independente de realização profissional, é uma coisa que me preenche muito. Essa interação, essa companhia da galera lá, é algo que hoje em dia é profissão também, mas também é um hobby, assim, né?
É um hobby que virou profissão, mas é uma coisa que me preenche bastante.
Como seria um dia na vida da Iane Cruz, ou da Iriela, criadora de conteúdo?
Depende muito, mas em geral, pela tarde, eu geralmente faço live. De noite, pegando a limpeza da madrugada, eu geralmente durmo tarde, então acordo já ali perto de meio-dia, né? Meu horário não é muito convencional, igual a outros horários comerciais de trabalhos mais convencionais. Eu acordo... tava acordando um pouquinho mais tarde. Minha tarde é direcionada a, às vezes, cuidar um pouco de mim, pra academia, cuidar da casa, enfim, coisas desse tipo.
E às vezes também é direcionado à minha criação de conteúdo, do trabalho por fora, né, das lives, do ao vivo. Seja editando vídeo, seja gravando alguma coisa, escrevendo roteiro, tendo ideias, colocando projetos no papel, executando os projetos. Então depende muito de qual é a coisa a ser trabalhada no momento. Tem semana que eu sou totalmente produtiva também. Não vou dizer que eu sou produtiva o tempo todo, porque é desumano. Tem semana que eu sou só uma plantinha que fica olhando para o céu, assim.
Mas, em geral, existem lives que precisam sim de mais planejamento, mas existe um mundo fora das lives em que eu tenho que fazer um certo trabalho pra trazer mais gente pras lives também, né? Existe o próprio negócio de cultivar sua comunidade, estar lá com sua comunidade, que não é necessariamente um trabalho que é um sacrifício pra mim, porque eu adoro passar tempo com eles, né? Mas é só pra mostrar que não é só aquilo, né?
Não é só chegar lá, abrir uma live, e acabou, tá feito. Pra algumas pessoas pode até ser, né? Eu não sei. Eu tô falando da minha realidade, claro, claro. Porque tem gente que tem oportunidades incríveis. Sei lá, conhece pessoas que abrem portas, e isso é maravilhoso. Mas eu nunca tive, nunca tive essa oportunidade até hoje. Então tenho que lutar pra ir atrás de outras coisas que me ajudem a abrir as minhas portas.
No tópico de lives, tem lives e lives. Tem lives que exigem mais preparação do que outras. Eu gostaria de pedir: Bruno, coloca na tela, por favor, os cospobres da Ariela. Por favor, todos esses cospobres que vocês estão vendo, essas preparações, essas preparações... com certeza. Eu achando que ele ia botar, sei lá, os quadros diferentes que eu fiz, entendeu? Não.
Lives especiais de final de ano, pobre Chernobyl. A questão é: por mais que uma coisa possa ser enxergada ou percebida, ou talvez intencionalmente tosca, engraçada — com muitas aspas aqui, eu sei que não é a intenção — malfeitas, enfim, que as pessoas tenham percepções, às vezes, às vezes é a intenção sim, ah, mesmo assim, isso exige tempo, preparação, planejamento, compra de materiais, enfim, coisas que obviamente não... não fazem, não aparecem, não... as pessoas não percebem.
Sendo streamer ou fazendo lives, ou interagindo com a comunidade, todas as coisas que envolvem ser streamer, qual foi a coisa mais valiosa, a coisa mais importante que tu aprendeu?
A coisa mais importante que eu aprendi... Eu acho que vou citar até um podcast que eu tava escutando esses dias, que falava meio que sobre a gente não saber o que a gente é, né? Muitas vezes a gente ouve as pessoas falando: "Ah, seja você, seja você que vai dar tudo certo." E eu tava conversando com as pessoas sobre isso esses dias, sobre como a gente, por muito tempo, não sabe quem a gente é.
A gente entra nessa crise existencial. Tipo, "Ai, como é que eu devo agir? Se eu ajo assim, não é nem..." Eu acho que até hoje eu não sei muito bem quem eu sou, não sei me definir, mas eu acho que hoje em dia eu me encontrei em uma posição em que eu sou mais confortável comigo mesma. Em que eu consigo ser espontânea, em que eu consigo saber quem eu sou de certa forma, né? Talvez eu não consiga falar em palavras, mas eu consigo falar em atitudes. E eu acho que isso veio muito por causa das lives, porque eu me encontro em um lugar, que nem eu falei antes, em um lugar que eu tenho sentimento de pertencer.
Eu tenho sentimento onde as pessoas abraçam a pessoa que eu sou e que eu posso estar à vontade, que eu posso ser espontânea e que as pessoas gostam de mim desse jeito, né? Tipo, elas estão lá, de certa forma, não só por mim, mas também por mim, né? Porque, claro, que não só por mim, porque existe uma comunidade incrível, de pessoas incríveis, que fazem toda a diferença. As minhas lives não são só eu também, tem a minha comunidade, que é maravilhosa, e que eu sei que é grande parte do que deu certo hoje, né?
Mas eu acho que, pra mim, é isso: a coisa mais preciosa é ter me encontrado nesse lugar de aceitação, de entender qual que é meu lugar, assim, como pessoa, quem eu sou, conseguir ser espontânea, estar à vontade, sabe? Então, pra mim, acho que é isso. Acho que eu passei muito tempo perdida nesse aspecto da minha vida, assim, e as lives me trouxeram isso.
Tu se considera uma influenciadora?
Acho que não. No máximo, influencio alguém a jogar um jogo porque ela me viu jogando e ficou com vontade. Ou a gente conversa sobre alguma comida, e aí a pessoa vai lá, ouve e fica com vontade e compra comida. Talvez eu tenha... talvez eu tenha um poder de influência que uma roda de amigos tenha, assim, sabe? É o que eu considero muito. Minhas lives são uma rodinha de amigos, de pessoas queridas, e como são pessoas que têm os mesmos gostos parecidos, perspectivas parecidas, é muito fácil da gente conseguir se influenciar.
Talvez todos os influenciadores da internet sejam a mesma vibe, assim, de certa forma. Mas eu acho que me falta um pouco essa parte influencer profissional, assim, de estar ali no Instagram e não sei o quê e tal. Então, eu acabo não me vendo tanto desse jeito. Ainda estou... ainda estou melhorando. É uma das metas desse ano, assim, profissionais, de melhorar mais nessa área, de ser mais presente em outras redes, né?
Hoje em dia, eu acredito, e me corrija se eu estiver errado, mas hoje em dia os maiores canais de streaming da Twitch são de streamers homens. Existe uma percepção, talvez, ou algum desafio específico que ser uma streamer mulher adiciona na equação de ser streamer? Ser streamer já é difícil, na minha opinião, mas ser streamer mulher, nesse caso, é mais difícil?
Ah, eu acho que é, né, assim. Ou é apenas uma coincidência? Não acho. A falta de oportunidade pra mulheres, não só nesse meio, né, mas em vários meios... A gente cresceu com uma cultura super machista, em várias áreas profissionais, e isso não muda muito no mundo gamer. É um meio bem tóxico pra mulheres. Hoje tem melhorado bastante, a gente vê a maioria, mas ainda assim não é a mesma coisa, né? Não é a mesma coisa que ser um homem e fazer lives e ser um homem e criador de conteúdo. Você não vê tanta crítica.
Cê pode até ver crítica, mas cê não... não é o mesmo peso que existe, assim. É uma das coisas que apresenta ser mulher: ter essa cobrança às vezes, esse julgamento, esse peso só por você ser mulher. No mundo dos games, não é muito diferente, né?
Eu mesma cresci por muito tempo ouvindo besteira nos jogos de homens. Já mudei meu nick em jogos porque não queria que enchessem meu saco. Botei um nick mais neutro, masculino. Não abro meu microfone em jogos competitivos tipo Valorant. Nem ouço os amigos do grupo quando são pessoas que eu não conheço, porque eu sei que existe muita discriminação, e eu não quero perder minha sanidade.
Então, existe muito desse preconceitozinho, esse machismo, né? E isso é representado, de certa forma, também no mundo das lives. Porque, é só cê ver, não existem mulheres que são tão grandes quanto homens, pelo menos não na Twitch do Brasil, que alcança ali uns 17.000 views. Um Lanzoca da vida, ou outros streamers maiores, conseguem alcançar esse tipo de número.
Existem mulheres maravilhosas, que, na minha opinião, deveriam estar nessa posição e não estão, mas que alcançam bons números também. Só que nada nesse nível, sabe? É triste porque eu, como uma mulher que vê a capacidade que elas têm, não consigo ver a diferença entre tal homem que tá com uma média gigantesca de público e tal mulher que tá com uma média não tão gigantesca quanto a dele.
Na minha opinião, esses dois são igualmente bons, sabe? Talvez joguem os mesmos jogos, criem conteúdo de uma forma similar e tudo mais. Eu não consigo achar um motivo pra te dizer, tipo: “Ah, sabe?”. Eu acho que vem da nossa sociedade mesmo, da construção que a gente teve, talvez da falta de oportunidades. Enfim, não sei te dizer, mas acontece, infelizmente.
Mesmo assim, eu acho que a tua comunidade é um ótimo exemplo. E eu, como um participante não tão ativo, mas ainda assim parte do chat, posso falar que fica muito claro pra quem chega que não é um ambiente que incentiva, às vezes nem oportuniza, essas coisas. Porque, quando a pessoa chega e todo mundo percebe que vai ser um machista ou qualquer outra coisa assim, ele já é cortado instantaneamente pelos outros.
Ah, sim, é! Eu tenho muito orgulho da comunidade que eu criei, no sentido de ser uma galera bem respeitosa, sabe? Eles não são pessoas ruins. Não são pessoas que não têm noção, que não têm um olhar crítico pra certas coisas que claramente estão erradas. Eles têm a cabecinha no lugar, são bem respeitosos.
— Instruídos pela streamer e pela comunidade!
Hahaha! Eu acho que nem foi instruído, porque eu não tive que ensinar ninguém a ser assim, né? Eu acho que influencia, mas também não vou botar o crédito em mim, não. Porque eu acho que foi mais que são pessoas que já eram genuinamente boas, e elas chegaram lá e encontraram um lugar onde pessoas dividiam a mesma opinião, a mesma visão crítica de certas coisas.
A gente foi criando nosso ambiente safe, né? O safe place de estarem, de falar opiniões e de criticar coisas erradas, muitas vezes. É isso: um ambiente que cê pode até chegar lá e, às vezes, a gente tá falando bastante coisa esquisita, mas é sempre dentro de um contexto.
— Isso, sim.
Sim, é verdade. É verdade! Só diria que, fora de contexto, algumas coisas poderiam ser chocantes, mas, assim que o contexto é revelado: “Ah, tá... ah, tá, é disso que eles estão falando!”.
Já que o chat foi citado múltiplas vezes, eu acho que ele... O chat, pra quem não sabe, é o chat. Em português, a gente usa a palavra chat mesmo. São as pessoas que mandam mensagem durante as transmissões ao vivo, como aqui no YouTube.
A comunidade da Iane, a comunidade do canal Iryiella, eu acho que eles são um exemplo, assim. Eles são exemplares, na verdade. Eles conseguem agir como comunidade. Eles conseguem agir como se falassem a mesma língua, é uma expressão. Entendem os limites, sabem até onde podem brincar sem desrespeitar e tudo mais.
Pra ti, qual é... E eu sei que tu já citou antes um pouco disso, mas qual é a importância do chat pra ti?
Eu acho que eles são o que faz... Como é que fala? A engrenagem rodar. Como é que se fala?
Existiria Iryiella sem chat? Vou reformular minha pergunta: existiria Iryiella sem chat ou não?
Não existe. Não existe porque eles... Eles até brigam comigo, né, quando eu falo assim. Mas, tipo, a live não seria o que ela é sem eles, sabe? Acho que, às vezes, eles botam muito crédito pra cima de mim, tipo: “Ah, você que é streamer, você faz isso acontecer e tal.”
Aí eu brigo com eles de volta e falo: “Não, porque isso aqui não seria o que é sem o chat, sabe? Não seria sem minha comunidade. As coisas não seriam desse jeito.” Eles têm muito crédito em tudo que acontece lá, em tudo que representa o canal Iryiella.
Então, além de serem pessoas incríveis, que me fazem companhia sempre — amigos, família, né? — eles também são o que fazem as coisas acontecerem. Eles possibilitam que eu esteja trabalhando com isso hoje em dia, porque eu não sou uma streamer enorme também, não. Não sou uma streamer que tem várias parcerias e que consegue tirar dinheiro de outros lugares.
O apoio que minha comunidade me dá é o que me possibilita estar trabalhando com isso, estar vivendo o sonho de trabalhar com isso. Assim como possibilita que o canal seja o que ele é. Porque eles são incríveis, e eles são, tipo, eles têm quase todo o crédito. O pouco crédito que eu tenho é ligar a live e ficar falando com eles.
Mas, tipo, eles carregam nas costas o que faz o canal ser tão incrível assim, na minha opinião.
— Inscritos da Iryiella, por favor, briguem!
Eles vão brigar comigo, eles vão brigar comigo! Mas é o que eu acho. Me cancelem no Twitter, não ligo. Eles são incríveis. Eles são incríveis de várias formas, em vários setores do porquê a live funciona por causa deles, sabe?
Não é resumido ao financeiro, nunca. A parte financeira é muito importante, porque é o que me faz conseguir trabalhar com isso. Mas é muito, muito, muito mais que isso.
— Concordo plenamente!
Eu preciso acrescentar aqui também que, em uma escala muito menor, obviamente, a minha comunidade aqui no Teach Yourself Portuguese, que aos poucos tá começando a se criar, não tem noção do quanto eles influenciam a criação de conteúdo.
E, obviamente, eles têm a percepção de que eu estou criando conteúdo pra eles. “Ó, legal, vídeo novo.” Mas, na verdade, eu crio o vídeo pensando: “Será que eles vão gostar? O que será que eles vão comentar? Qual será a reação deles pra isso ou pra aquilo?”
Então, é uma relação de interdependência muito interessante. É a primeira vez que eu tô sentindo isso também.
— É a reação deles que faz aquele momento ser incrível também, né?
Eles estão construindo o momento junto com você. Você tá desse lado, pensando no conteúdo, no que você vai tá lá fazendo, e você tá transmitindo as coisas do seu jeito, que é único e especial também.
Mas, ao mesmo tempo, eles estão lá, absorvendo o que você tá fazendo, reagindo, interagindo, fazendo as coisas acontecerem. Porque você faz isso pra alguém.
— Uhum, uhum, sim!
Então, se esse “alguém” não estiver lá, como é que isso vai ser uma coisa assim, entendeu? Tipo, óbvio que existem momentos de criação de conteúdo que não tem ninguém lá, e é normal, né? Uma parte da nossa trajetória.
Mas é justamente ter alguém lá, ter a comunidade se formando, a comunidade existir, que transforma tudo em algo muito mais especial, né?
— Concordo plenamente!
Eu gostaria de fazer uma analogia bem ruim, mas, enquanto tu tava falando, eu imaginei algo do tipo: é como se o streamer ou o criador de conteúdo, enfim, de outra plataforma, fosse tipo...
A comunidade mais o streamer é um barco. É como se o streamer fosse o motor, que faz o barco andar em uma direção, e os inscritos, a comunidade, fossem o... esqueci o nome, leme, eu acho, ou a coisa que muda a direção do barco.
É basicamente isso. Tipo, a gente empurra o negócio pra algum lugar, e as pessoas meio que direcionam o que a gente faz.
É, acho que eles não têm noção, né, da influência que eles têm, não. Com certeza não. Então, saibam que vocês são importantes, vocês são muito, muito importantes aí. E não é, não é por causa do apoio financeiro, acho que isso é muito importante frisar, que, obviamente, o apoio financeiro, ele possibilita que criadores de conteúdo criem conteúdo, mas é um, é uma parte da influência que eles têm. Na verdade, é a parte do "estamos fazendo isso funcionar legal", mas os comentários, a maneira que eles interagem e todo o resto, eu acho que é tão importante, se não mais importante do que o apoio financeiro. Então, sim, sim, sim.
Iane, de que parte do Brasil tu é? De onde é esse sotaque? E isso já influenciou, ser de onde tu é, e já influenciou de alguma forma na tua criação de conteúdo? Eu vou até pegar uma cerveja ali. Vai lá, vai lá, essa daí vai precisar de uma cerveja. É água, é água, eu juro que é água, água! YouTube... É água, não é água muito boa. Então, é, eu sou originalmente de Aracaju, Sergipe, que é o menor estado do Brasil, inclusive, lá do Nordeste, é. E aí então é daí que vem meu sotaque, apesar dos sotaques do Nordeste mudarem bastante, né, de região pra região, mas vem especificar, especificamente, um sotaque nordestino sergipano. Ele até meio, meio misturado hoje em dia, porque eu convivo com pessoas de vários lugares, né? Então acabou, eu sou uma pessoa que acaba, é, pegando um pouco de sotaque de várias, tipo, de, de pessoas que eu interajo muito, de manias de falar e tudo mais. Então, hoje em dia, eu tenho, eu diria que eu perdi um pouquinho do meu sotaque, cê viu? Cê falar com a minha irmã, com a minha mãe, cê deve perceber a diferença, é.
E hoje em dia eu tô em Maringá, né? Estou morando em Maringá, que é no Paraná, no sul do Brasil. Então, estou um pouquinho longe de casa, né? Aqui eu tô em casa também, né? Tô na minha casa aqui, mas estou um pouco longe de onde eu nasci, de onde eu morei minha vida toda. Mas o sotaque é de lá, eu sou de lá. E influenciou, eu diria que da primeira vez que eu tentei fazer live, que não foi, é, feito quando eu tava na faculdade ainda, eu fiz duas lives, acho que uns quatro anos antes de, de fato, começar de novo e seguir, né, fazendo live. Eu fiz duas lives jogando LoL. Na época, eu queria ser streamer de LoL, hoje em dia eu sou streamer de variedades, eu jogo vários tipos de jogos. Antes eu queria ser streamer só desse jogo e eu sentia que o ambiente da Twitch, naquela época, não sei se era especificamente com LoL ou se eu não tive muita sorte, mas eu sentia um certo preconceito, pessoas chegavam, é, fazendo às vezes comentários maldosos, eu tinha, eu, eu acabava tendo um pouco de vergonha no meu sotaque por causa do preconceito. Eu acho que isso tem melhorado bastante hoje em dia, assim, é, eu sinto que depois que eu comecei de fato de novo, agora em 2020, a fazer live, que eu continuei até hoje, eu não, não passei por isso. Mas é, inclusive, tem várias pessoas na minha comunidade que são do Nordeste também e a gente tá sempre se abraçando assim, né? A gente tá sempre abraçando a causa, né? A gente tá sempre orgulhoso assim de ser nordestina, uhum, celebrando a, as origens, ha ha! Isso, e é isso.
Eu acho que naquela época aquilo me impediu, mas naquela época eu era mais novinha, eu não, eu ainda tava formando as coisas na minha cabeça, ainda tava, sabe, muito mais insegura e... Antigamente já me parou de fazer live, hoje em dia não me para, né? Inclusive, se alguém chegar com preconceito, a gente cai em cima, o chat... Exato! Mas talvez isso, né? Não, acho que a gente não sabe que, não sei, espero que não sempre existam, mas a gente sabe que existem pessoas preconceituosas por aí. E eu não duvido que pessoas deixem de me assistir por isso, talvez elas não cheguem lá abertamente falando, mas eu imagino que sim, né? Infelizmente ainda existe muito preconceito contra nordestinos em geral, e não acho que é muito diferente no meu caso, hoje em dia, é, deve ter algo ali por trás, sabe, aquele preconceitozinho em algumas pessoas que impedem elas de chegarem, de, de ficarem... E é uma realidade, infelizmente, que eu espero que mude daqui pra frente, assim, cada vez mais.
Mas é isso, várias camadas, várias não camadas, várias barreiras que que que tu já venceu para estar onde está, tipo, a mulher, ponto, que fala coisas que mulher não fala, nordestina, e, tipo, fazendo live de variedade.
Então, assim, são são muitas barreiras quebradas para para conseguir, né, alcançar essa comunidade que alcançou, o que criou. Então, essa... infelizmente, sim, infelizmente, infelizmente.
Mas eu gosto da ideia que se um dia eu eu chegar em algum lugar de mais influência, né, que eu não acho que eu tenho hoje ainda, tenho... apesar de, para mim, ser assim, já me deixar muito alegre no que eu tenho hoje, eu sei que não é um... eu não tenho um canal enorme, eu não tenho, né? Não sou uma super... sou com super influente aí não, não sou pessoa famosa. Então, se um dia eu chegar nesse... nessa posição, pelo menos eu, eu sei que eu vou estar representando, eu vou estar sendo alguém, ah, que pode servir de exemplo para outras pessoas que passaram pela mesma dificuldade que eu, outras mulheres que, às vezes, se oprimiram demais, que sofreram preconceito por ser nordestinas, que sofreram preconceito por ser nordestinas e mulheres que jogam, né? Porque também existe isso no mundo dos games também é...
Então, tipo assim, é importante para mim continuar sendo assim e valorizar todas essas coisas, né? Ser nordestina, meu sotaque, é continuar fazendo minhas brincadeiras, sendo... falando as besteiras que eu falo e, enfim, ser aceita desse jeito, porque assim eu consigo traçar uma uma jornada que pode servir de exemplo para outras pessoas no futuro, caso eu chegue a ser uma pessoa mais influente, quando tu assistir a essa entrevista daqui alguns anos e lembrar: "Nossa, eu falei disso lá, ó, em dois mil e vinte e quatro, que legal!".
Bom, eu acho que tem um público específico que, com certeza absoluta, não se importa com o fato de ouvir o teu sotaque ou de saber que tu é do Nordeste, que é um público internacional, existe público internacional que acaba caindo e ficando na na tua live. E caso ele fique, como como são essas interações com com os gringos no chat?
Então, eu entendo bastante, assim, de inglês, principalmente, mas eu sou... talvez seja um traço da timidez também, eu sou muito ruim de conseguir falar e formar frases, assim, sob pressão. Eu fico nervosa e nada se forma na minha cabeça, eu começo a falar errado, meu vocabulário foge da cabeça e e as pronúncias saem erradas. Eu fico com vergonha e vira uma bola de neve de constrangimento, né? Então, assim, quando aparece alguém, eu tento dar essa atenção, eu peço para o chat me ajudar, mas, geralmente, é bem limitado por esses fatores que eu boto, assim, em cima de mim mesma, mesmo sem perceber, e é algo que, talvez, eu tente mudar com o tempo, que eu vá perdendo essa vergonha, mas, por enquanto, ainda está bem limitado, né? Infelizmente, eu é...
Eu já tive... eu já tive pessoas lá que falavam espanhol, ia... eu consegui entender um pouco porque tem coisas parecidas e a pessoa conseguia me entender um pouco, consegue me entender um pouco, mas a a a conversa não é tão fácil, né? Então, não é... E, enfim, em inglês eu consigo me comunicar melhor, mas ainda assim é bem precário, na minha opinião. É algo que eu pretendo mudar, mas também é algo que eu tenho tentado contornar, mas eu tenho vontade de de conseguir tanto me comunicar melhor, né, tirar essa barreira da timidez. Saibam que não é por mal que eu faço isso, só sou muito tímida e tenho muita dificuldade mesmo de desenrolar meu inglês, que eu acho horrível, na frente de pessoas que podem estar me julgando pelo meu inglês horrível. Eu tenho um pouco dessa timidez, desse obstáculo que eu boto, assim, para mim mesma, mas eu quero melhorar, quero conseguir comunicar melhor.
Outras línguas eu acho um pouco mais difícil, né, do que inglês. A gente meio que absorve conteúdos em inglês a vida toda, e foi muito mais fácil a gente conseguir entender e tal, mas algumas outras línguas, eu acho que só com essas tecnologias diferenciadas de tradução simultânea para conseguir... infelizmente.
Agora é minha vez de eu chamar a minha comunidade para xingar a Iane aqui nos comentários por ela ter dito que o inglês dela é horrível. Então, por favor, xinguem a Iane!
Curiosamente, a tua live... E esse é o motivo pelo qual tu foi a primeira convidada do... Não tem nome ainda, desse, dessa entrevista! Ha ha ah! Justamente porque, quando os meus alunos me perguntam sobre, OU me pedem alguma sugestão, OU alguma recomendação de conteúdo em português, eu tento pensar em coisas que sejam diárias, ou pelo menos com bastante frequência, para que eles possam, é, se expor ao idioma com, com naturalidade. E não necessariamente com alguma coisa feita para quem está aprendendo, que é o meu canal, obviamente. O teu canal é sempre a primeira coisa que eu indico! E, curiosamente, muitos dos meus alunos e muitas das minhas alunas, elas gostam muito. Então, sinta-se abraçada, ainda mais agora que mais pessoas estão conhecendo o seu trabalho.
Muito obrigada por isso! Ainda que, né, todo mundo sabe que ele manda vocês para lá para vocês aprenderem a xingar em português, né? Que é o que eu mais... É o que eu mais faço. O segredo é: eu não ensino palavrões nas minhas aulas. A Rihanna ensina para mim, então tá tudo bem. Como eu sempre falo: "Eu aprendo com a Aiane o que o Luan não ensina". Exatamente! Exatamente! Então aqui, na verdade, o motivo pelo qual eu convidei a Ane foi porque, se vocês quiserem aprender, aprender palavrões, vocês podem... Não tô brincando! Não é isso, não é isso! Pessoalmente, tô brincando.
Mas muito grata por confiar no meu conteúdo dessa forma. Inclusive, hoje, né, hoje temos a curva lá na comunidade, graças a essa sua confiança de, de mandar seus alunos para lá. E sou muito feliz de ter conhecido a Couve. Então, obrigada por isso! Ela passa mais tempo na tua live do que no meu canal, pode ter certeza! Mentira! É verdade, é verdade, mas eu fico feliz, fico feliz também porque é como se fosse um, um pedacinho do que é ser brasileiro através da tua live. Eu acho que é uma experiência que quem tá aprendendo português sente falta de ter esse, esse contato. E, na verdade, acabei de me dar conta, o fator que mais faz diferença... Isso faz todo sentido! É que a tua comunidade, ela acolhe muito! Independente do que for, eles são muito acolhedores. Então, obviamente, quando tem alguém que chega lá, por exemplo, que ainda tá aprendendo português e não consegue falar fluentemente, isso não é um problema, porque eles vão se esforçar, eles vão fazer qualquer coisa para a conversa rolar, para a conversa acontecer. Isso é muito legal! Isso é muito legal!
Eles são interessados também, né? Sempre que chega alguém, é, de fora do, do Brasil, assim, eles conversam, eles perguntam as coisas da gente... Vou dar o exemplo da Couve, é porque ela é uma das que mais conversa, né? Ela... E você falou que já mandou outras pessoas para lá, inclusive. Apareceu... Eu lembro, eu lembro de algumas pessoas, né, de alguns nomes. Mas o exemplo da Couve é porque ela tá... Ela interage mais lá, que é de, tipo, a gente tá sempre comparando algumas coisas da cultura de lá e da nossa cultura, e conversando e trocando essa, essa informação... Essas informações que é super interessante, né? Como existem diferenças de culturas. E eu, pelo menos, gosto muito... É um dos motivos que eu, que eu amo viajar, né? E que eu quero muito, um dia, conhecer outros lugares fora do Brasil, porque existe a beleza, né, de culturas diferentes. E é legal, é legal ter pessoas de outros lugares do Brasil para trocar essa ideia. E todo mundo se interessa, se interessa, se interessa...
Gente, vocês, alunos do Luan, vocês devem saber português melhor que eu, tá? Eu falo tudo errado. Fala não, fala não! Tá ótimo! Mas é isso. Eu acho muito legal essa, esse contato. É, eu, eu... O chat também, concordo, concordo. Eu acho que aprender outros idiomas, obviamente, abre muitas portas, e a gente pode viajar. E, obviamente, tem pessoas que têm como objetivo viajar ao aprender o idioma. Só que esse contato que acontece antes de viajar, ou talvez a viagem não aconteça, é como viajar sem sair de casa, se isso faz sentido. Porque, tipo, conversar com outras pessoas de outros países no idioma dessas pessoas é sempre uma experiência muito, muito interessante, muito, muito mais genuína, eu diria.
Porque, claro que às vezes a gente vai explicar alguma coisa ou traduzir, ou enfim, mas não é apenas analisar friamente como são as coisas no Brasil lendo um texto em inglês. É tipo, tá no chat vendo os brasileiros interagindo, falando sobre coisas brasileiras e interagindo com eles ao mesmo tempo. Acho que é uma experiência única que, pelo menos eu, que não consumia conteúdo na Twitch, ou não, não consumia conteúdo de live, ah, eu não tinha ideia de como, de do quão interessante era. E, infelizmente, não tenho tanto tempo para consumir isso diariamente, mas eu consigo ver, com certeza, que é uma coisa que faz muita diferença para, para quem tá aprendendo. Então, mais uma vez, recomendo pelo menos experimentar e ver o que vocês acham. É totalmente diferente de assistir a uma novela, ou um filme, ou um podcast, ou um vídeo, porque ele foi produzido. Já a live, ela tá acontecendo naquele momento, então, assim, é muito mais, é... Qual é a palavra? Espontânea?
Espontânea. Obrigado! É muito mais espontânea, é... Com certeza, a gente é estranho, mas não muito. Eu diria que os meus alunos também são, então tá tudo bem. Agora, a partir desse momento, é um momento para gravar uma mensagem para Iane de 2025, desejando alguma coisa que tu queira que ela tenha alcançado até lá, ou algum projeto que tu queira ter terminado ou começado até lá, enfim. O que que tu deseja para Iane de 2025 que tá assistindo a esse vídeo?
Eu acho que talvez perder a timidez, é, e sair um pouco da zona de conforto em mais coisas, né? Que eu, do que eu tenho saído até agora. Continuar nesse processo, é, produzir meus conteúdos para outras redes sociais, né? Tenho tentado, tenho saído dessa zona de conforto já, assim, desde o final do ano passado, eu tenho me forçado mais, é, a fazer, fazer isso, não só para mim, como para a organização que eu trabalho também, que é Level GG, né? Foi streaming da Level GG. E, cara, eu não sou uma pessoa que faz muitas metas assim, tipo, ah, eu quero ter tantos seguidores e isso, sabe? Porque eu acho que isso deixa a gente muito paranóico e muito engessado, né, em números, estatísticas. Eu acho legal eu ter, é, esse sentido de crescimento, tipo, eu quero crescer no que eu faço, eu quero melhorar no que eu faço, isso vai me dar mais frutos, mas eu não gosto de ter essa pira de: "Ah, é, daqui para 2025 eu quero ter parceria com a Twitch, eu quero..." Mas eu não boto como uma meta, entendeu? Então, acho que o principal seria mudar mais em mim, né? É, tirar barreiras que eu tenho hoje em dia, é, sair da zona de conforto, tentar coisas novas. E é isso.
Perfeito. A Iane de 2025. Obrigado por assistir a esse programa de novo. Esse programa é televisão. Agora você sai da zona de conforto aí, ô sua enrolada. Pode xingar, pode xingar. O pessoal vai aprender palavrão no meu canal agora, porque, né? Temos a professora aqui. Iane, eu preparei 10 perguntas muito rápidas, são duas escolhas ou duas opções e você escolhe uma só sem... Mas muito obrigado por participar, muito obrigado por ser a primeira entrevistada nesse quadro que ainda não tem nome.
Mais ou menos. Ah, primeiramente eu quero agradecer pelo convite e por ser escolhida para ser a primeira, uma honra enorme, né? Eu admiro muito seu trabalho, minha streamer favorita, admiro muito seu trabalho, estou aqui, né? Participando de um canal de um youtuber famoso, tô, tô... Tava até tremendo antes de começar, é... Eu quero agradecer a todo mundo que resolveu assistir, ficou aí até o final, que também, né? Deixou os apoios aí no, no vídeo, que eu sei que vai ajudar muito meu querido amigo youtuber famoso aqui, é... Mas é isso, gente. Eu, como qualquer outro momento em que eu faço alguma coisa, né? Produzo conteúdo, seja no meu canal ou no canal de qualquer outra pessoa, empresa, ou enfim, eu sempre sou muito grata por, pela presença, pela companhia, pela força que vocês dão sempre. E muito obrigado de novo, amigo, por me chamar e por me dar este lugar de fala também.