Podcast exclusivo para membros - Episódio 2 - "Infiltrado em um recorde brasileiro"
Sejam todos muito bem-vindos ao episódio número dois do podcast exclusivo para membros. Esse podcast, como o nome sugere, está sendo feito exclusivamente para você que é membro aqui no YouTube e que vai ter acesso a histórias e coisas interessantes que talvez se tornem vídeos no futuro, mas de uma maneira simples, direta e mais focada em entender o que eu estou falando. Eu vou falar de forma mais natural, sem muita edição e sem muitos recursos visuais, mas ao mesmo tempo comunicando de uma forma similar, pelo menos, ao que eu falaria na vida real sobre coisas que aconteceram, histórias engraçadas e histórias interessantes para vocês praticarem português ouvindo o Luan e as suas histórias aleatórias. Eu acho que o podcast exclusivo para membros deveria se chamar "Histórias Aleatórias do Luan". Então vamos lá, episódio número dois.
Recentemente, eu viajei para a cidade de Blumenau, no estado de Santa Catarina, no Brasil, para assistir ao show de uma banda. A banda se chama "Adorável Clichê". É uma banda maravilhosa, recomendo que vocês ouçam, recomendo que você pesquise no Spotify ou no YouTube a banda "Adorável Clichê" porque é uma banda muito boa. Assisti ao show, conversei com eles, tirei foto com a banda, tudo perfeito. Mas quando eu fui para Blumenau, eu não sabia que naquele fim de semana especificamente também era o aniversário da cidade de cento e setenta e quatro anos e eu também não sabia que era o aniversário de duzentos anos de imigração germânica naquele fim de semana. Então, eu fui para um show, eu fui a Blumenau para assistir a um show e acabei assistindo a um show, conhecendo a cidade, participando do aniversário da cidade e participando do aniversário de duzentos anos de imigração germânica da cidade, sem planejamento, sem ter pensado nisso antes.
Então, o que aconteceu? Em primeiro lugar, por que imigração germânica? Essa foto aqui se chama Vila Germânica. É uma pequena vila artificial, uma vila que não é uma vila onde pessoas moram de verdade, é apenas uma réplica de uma vila inspirada em uma vila germânica, uma vila da Alemanha, e onde tem lojas e você pode comprar lembrancinhas, presentes, camisetas, enfim, coisas para você levar para casa. Mas isso é só para mostrar como é a arquitetura da cidade, como é a estética da cidade, porque não apenas a arquitetura tem essa inspiração germânica, mas as pessoas de fato falam alemão lá. É bizarro, é bizarro porque é Brasil, então é bizarro, não porque alemão é bizarro, é bizarro porque estamos no Brasil e as pessoas falam alemão. Então, a Vila Germânica é um dos muitos lugares que eu visitei lá.
No dia seguinte ao show, ou seja, um dia depois do show que eu assisti, eu pesquisei nas notícias locais e encontrei isso: "Além do aniversário, o evento também irá celebrar os duzentos anos da imigração alemã no Brasil". Que evento? O evento que iria acontecer neste dia, à tarde. "As comemorações se concentram no distrito mais alemão da cidade, a Vila Itoupava". Então vocês podem ver que a "Rua Henrique Conrad será palco do segundo desfile do dia, previsto para as 15h".
Então eu fui à Vila Germânica, eu comprei lembrancinhas, comprei presentes, pesquisei no Uber e encontrei um Uber para ir da onde eu estava em Blumenau até a Vila Itoupava por sessenta e quatro reais, não foi barato, mas proporcionalmente... uhum, ok. E eu fui para a comemoração dos cento e setenta e quatro anos da cidade e dos duzentos anos da imigração, sem saber o que eu estava fazendo, sem saber para onde eu estava indo e sem saber exatamente o que ia acontecer lá.
Então, quando eu cheguei à Vila Itoupava, como vocês podem ver, no caminho para a Vila Itoupava as coisas já começaram a ficar mais alemãs, como vocês podem ver, até as pinturas nas paredes, a bandeira da Alemanha, isso ficou cada vez mais frequente e ficou cada vez mais óbvio que sim, lá é a parte mais alemã de Blumenau. Chegando lá, eu assisti a um desfile e esse desfile tinha elementos brasileiros que estavam comemorando a cidade, o aniversário da cidade, mas também muitos e muitos elementos alemães por causa da comemoração da imigração alemã e também porque a origem de Blumenau e a origem da Vila Itoupava tem muito orgulho, eles têm muito orgulho dessa origem alemã.
Depois que terminou o desfile, e eu preciso mostrar mais uma foto, essa foto aqui é a foto de como eu estava vestido, com essa camiseta, inclusive é a mesma camiseta, mochila, pedestal da câmera e roupa normal, uma calça preta, bota, roupa normal, eu acho. Fui para o evento, fui para o desfile e eu percebi que eu era a única pessoa com uma câmera profissional, então eu percebi que as pessoas estavam tipo: "Olha, ele está filmando! Ele está filmando ali, ó! Ele está filmando como se eu fosse um profissional, como se eu fosse um... sei lá, um repórter, talvez, trabalhando para um canal na televisão".
Após o desfile, o desfile aconteceu, eu filmei o desfile, algumas coisas. Após o desfile, eu descobri que... após o desfile, as pessoas iriam sair do desfile e iam caminhar até uma escola na Vila Itoupava e eles estavam prestes a bater um recorde brasileiro. Eu juro que eu não sabia que isso ia acontecer, mas após o desfile as pessoas começaram a caminhar, todo mundo saiu do desfile e começou a caminhar em direção à escola. Eu, obviamente, também me juntei ao público e comecei a caminhar em direção a essa escola. Quando eu estava indo para essa escola, eu percebi que tinha uma fila gigantesca. Fila é quando várias pessoas ficam uma atrás da outra, sim, e você tem muitas, muitas, muitas pessoas esperando por alguma coisa ou por algum evento ou para alguma porta abrir. Nesse caso, obviamente, estavam esperando a porta do ginásio da escola, desse lugar onde se jogam esportes na escola, eles estavam esperando a porta abrir porque lá dentro, lá dentro estava a maior cuca do Brasil.
Vocês podem pesquisar, não é mentira, vocês podem colocar "maior cuca do Brasil", vai aparecer esse lugar e eu estava lá. Mas peraí que fica pior, ou melhor, não sei, a história fica mais engraçada ou mais estranha. Como eu estava com a minha... ah, o que é uma cuca, Luan? Cuca é essa comida tipicamente alemã. Aos olhos de um brasileiro, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, talvez no Paraná, ou seja, no sul do Brasil, é muito comum a influência alemã e a influência italiana devido aos imigrantes. Uma das comidas muito comuns, tanto da influência alemã quanto da influência italiana, é o que nós chamamos de cuca. Eu vou colocar aqui a foto de uma cuca alemã e a foto de uma cuca italiana. Cuca é tipo um pão, mas é doce, então é tipo um bolo e geralmente com a cobertura ou de frutas ou de chocolate ou de coisas assim, mas é doce.
Enfim, lá dentro desse ginásio estava a maior cuca do Brasil, a maior cuca, duzentos metros, dois zero zero, duzentos metros de cuca, com dois mil quilos, como vocês podem ver aqui nessa, nessa notícia, e eu estava lá, na fila, com as pessoas. Porém, eu estava com a minha câmera e com o meu microfone porque eu estava gravando vídeos do desfile, mostrando Blumenau. "Aqui, isso é Blumenau". Então as pessoas viram que eu estava lá com a câmera e com o microfone e começaram a falar: "Não, você está trabalhando, pode passar, pode passar". E de repente a fila começou a abrir, as pessoas começaram a sair do meu caminho, começaram a dar espaço para que eu passasse e então deixaram que eu entrasse ou passasse na frente de todas as, todas as pessoas. Eu estou falando de uma fila de 200, 300, 400 pessoas, provavelmente, com certeza, muitas centenas de pessoas. E todas as pessoas estavam: "Não, não, pode ir, pode ir, pode ir, ele está trabalhando, ele está trabalhando, pode ir". E eu, com a minha câmera e com o meu microfone, tipo: "Obrigado, obrigado, obrigado". E eu continuei indo, indo, indo, até chegar na porta, nessa porta do, do ginásio onde a cuca estava.
Quando eu cheguei na porta com a câmera e o microfone, tinha um segurança lá, uma pessoa na porta, ou seja, você não pode passar. E as pessoas fizeram assim: "Ah, ele está trabalhando, ele está trabalhando, ele...". Ou seja, eu trabalhando, ele... ah, não, ok, ok, pode passar, pode passar, pode entrar e pode filmar. Aí eu entrei no ginásio, fui a primeira pessoa a entrar no ginásio, eu fui a primeira pessoa a ter autorização para entrar nesse ginásio porque eu estava com a câmera e o microfone, e não tinha ninguém lá além das pessoas que estavam trabalhando, obviamente. Então, lá dentro, autoridades, pessoas que estavam trabalhando, cozinheiros fazendo a cuca, pessoas que estavam organizando o evento e outras pessoas com câmeras, mas as outras pessoas com câmeras, elas realmente estavam trabalhando, elas estavam com a camiseta de um canal de televisão ou algo assim porque elas estavam trabalhando, fazendo uma reportagem para um canal de televisão. Eu não, eu estava com essa roupa, ninguém, literalmente ninguém, perguntou quem eu era, de qual canal eu era, porque eu estava ali, o que eu estava fazendo, onde os vídeos seriam usados, nada. Então foi muito bizarro, foi estranho, mas eu tive acesso antes de todo mundo à cuca, como vocês podem ver. Eu entrei antes de todo mundo, estava vazio e eu fiquei lá em cima filmando as pessoas entrarem. As pessoas entraram e as pessoas começaram a... receber seus pedaços de cuca e eu tive acesso exclusivo e antecipado a isso e ninguém sabe, até agora eu acho, quem eu sou e porque eu estava lá. Então foi uma aventura muito interessante.
E após isso... tudo isso vai se tornar um vídeo, então isso aqui é uma versão resumida e uma versão antecipada para vocês, mas após isso eu saí porque aconteceu uma cerimônia, tocaram o hino do Brasil, chamaram as autoridades, fizeram discursos, blá, blá, blá, blá, e eu não fiquei lá, eu não filmei isso. O que eu fiz? Eu fui para a frente do ginásio, eu fui para a rua e eu fiquei lá com a câmera e o microfone entrevistando pessoas que estavam saindo do ginásio, sobre Blumenau, sobre o português em Blumenau, sobre a cuca e sobre coisas.
E eu não tive a oportunidade de pegar um pedaço de cuca porque essa cuca foi distribuída gratuitamente, ou seja, você não precisava pagar. Ela foi distribuída, fatias da cuca foram distribuídas para a população que estava lá. Eu estava do lado de fora entrevistando pessoas, então eu não tive a oportunidade de ir até lá para pegar o meu pedaço de cuca como cidadão de Blumenau infiltrado. Mas eu entrevistei algumas crianças, dentre as pessoas que eu entrevistei, eu entrevistei essas crianças aqui e, como vocês podem ver, elas me trouxeram, elas ofereceram e elas trouxeram um pedaço, ou melhor, dois pedaços de cuca para mim porque elas gostaram da entrevista. "Claro, você quer um pedaço de cuca?". E eu falei: "Ah, eu... eu aceito, mas eu não posso, eu não posso entrar porque a minha câmera e o meu microfone estão aqui, eu não posso ir lá e entrar e pegar cuca". "Só mais tarde eles..." "Não, não, não, espera aqui, espera aqui".
Eu esperei lá, continuei entrevistando as outras pessoas, eles foram até lá, pegaram dois pedaços de cuca para mim, colocaram em uma sacola plástica e me entregaram. E essa é a foto do momento onde eles vieram me entregar um pedaço de cuca. Então, muito obrigado, crianças de Blumenau, que provavelmente não vão assistir a essa versão exclusiva do podcast, mas obrigado. E eu trouxe a cuca para minha cidade e, sim, eu comi a cuca e a cuca estava muito, muito deliciosa.
E esse foi o segundo episódio do podcast exclusivo para membros, basicamente a história de como eu me infiltrei em um recorde brasileiro da maior cuca do Brasil sem nenhuma credencial, sem nenhuma identificação, e eu registrei para o "Teacher Selfie Português", com exclusividade, com exclusividade, a maior cuca do Brasil, a comemoração dos duzentos anos de migração germânica no Brasil, os cento e setenta e quatro anos de Blumenau e também assisti ao show da banda que eu queria, que era o plano original.
Então, muito obrigado. Se você assistiu até aqui, espero que você tenha gostado e vejo você no próximo. Isso é um ensaio, é apenas um rascunho, mas essas coisas vão se tornar vídeos principais no canal principal, então, em breve, vocês vão ter mais vídeos com mais qualidade e com mais edição e com mais preparo sobre esse evento. Mas gostaria de saber se vocês já participaram de algum evento aleatório assim ou alguma coisa sem querer, que vocês estavam lá e: "Ah, isso está acontecendo agora, ah..." e vocês tiveram a chance de participar. Deixa nos comentários. Aqui é um vídeo privado, é um vídeo que somente membros têm acesso, mas eu vou ler os comentários e vou interagir aqui com vocês.
Muito obrigado, até o próximo episódio e se cuidem. Comam cuca se vocês tiverem oportunidade, é bom. Tchau!